Em comemoração ao Dia da
Consciência Negra (20/11), a Comissão de Reparação da Câmara Municipal de
Salvador (CMS) realizou sessão solene na manhã desta sexta-feira, dia 20, com a
participação de estudantes do ensino médio do Colégio Modelo Luiz Eduardo Magalhães.
A sessão, coordenada pela presidente da comissão, a líder do PT na Casa, Vânia
Galvão, contou com a presenta da senadora Lídice da Mata (PSB), dos vereadores
que integram a comissão, Waldir Pires (PT), Hilton Coelho (Psol), Silvio
Huberto e Antônio Mário ambos do PSB. Também compareceram à solenidade a
Secretária de Políticas para Mulheres Monica Kalile, e a pesquisadora Naira
Gomes, representante do movimento Marcha do Empoderamento Crespo, que proferiu
palestra sobre estética e política.
Na abertura do evento, a
vereadora Vânia Galvão pontuou aspectos históricos que fomentaram o 20 de
novembro como o dia da Consciência Negra. “Além
de ser a data simbólica pela morte de Zulu, alguns grupos realizaram movimentos
posteriores neste dia na luta contra o racismo”, informou. “Portanto estamos hoje aqui em mais um
momento, debatendo, discutindo e refletindo sobre esta problemática que ainda
nos aflige”,
ratificou a presidente da comissão.
A palestrante do dia
enfatizou a importância da estética negra como fator de autoafirmação e da ação
dos movimentos sociais para o combate ao racismo. Durante a sessão, os
legisladores observaram a necessidade de políticas públicas voltadas para
combater a violência contra o afrodescendente. Lídice comentou que a maioria dos
jovens assassinados no país são pobres e negros, na faixa etária entre 16 a 20
anos. A senadora também ressaltou que o racismo está presente nas relações de
empregabilidade. “63%
dos trabalhadores negros recebem salário inferior aos brancos pelas mesmas
funções”,
atestou.
Os vereadores Waldir Pires e
Antônio Marcos, comentaram respectivamente que o combate ao racismo é uma condição
de existência da democracia e que é preciso vencer dificuldades para conquistar
territórios. Hilton Coelho e Mônica kalile chamaram a atenção para a importância
da formação acadêmica e profissional. Nesse contexto, Silvio Humberto, disse no
encerramento da sessão, que hoje “em
pleno século XXI, ser Zumbi é ter uma formação, a arma é a caneta”.
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