Após a entrega da
revitalização de 1.200 metros da orla, na região do Jardim de Alah, petistas
cobram ao prefeito ACM Neto o detalhamento dos gastos de R$ 8 milhões com a
obra. “Trata-se
de intervenções não tão significativas em um pouco mais de um quilometro, as
ações foram todas na superfície, gostaríamos de obter um maior detalhamento,
uma explicação sobre essa despesa”, observa a líder do partido
na Câmara Municipal de Vereadores e presidente da Comissão de Reparação da
Casa, Vânia Galvão. “Precisamos de mais
transparência”.
A líder ressalta que o
município ocupa a 174ª posição no ranking de transparência, divulgado pela
Controladoria Geral da União (CGU), na sexta-feira dia 20. “Ao contrário do governo estadual, que obteve nota máxima (10), a
prefeitura teve um nota baixíssima – 5,83 – o que é devidamente
justificável, há muita coisa mal explicada nesta gestão como os casos de
corrupção nas secretarias da Saúde e de Combate à Pobreza, cuja
responsabilidade incidiu sobre funcionários que ocupavam cargos de confiança,
venda da merenda escolar e essas despesas exorbitantes com a construção de
passeios”,
afirma a vereadora. “Na Barra foram gastos mais
R$ 50 milhões”, lembra.
Vânia Galvão destaca que o
resultado da análise da CGU reafirma a necessidade de uma investigação sobre os
contratos da Prefeitura Municipal, realizados durante a gestão de Alexandre Paupério,
que tem sido uma cobrança de toda a oposição. “Paupério
foi acusado de lobista pelo Ministério Público e controlou por mais de três
anos todos os contratos da prefeitura de Salvador, precisamos de uma apuração,
além das indicações do MP temos agora uma avaliação negativa da CGU sobre a
transparência municipal”, frisa.
Para seu correligionário
Gilmar Santiago, a apuração dos gastos com a obra da orla, torna-se mais
necessária em um comparativo no investimento de R$ 6,45 milhões do governo do
Estado na infraestrutura do entorno do Hospital Roberto Santos, cuja ordem de
serviço foi assinada na manhã desta segunda-feira, dia 23 pelo governador Rui
Costa. “O Estado está investindo um valor inferior em uma série de intervenções
como a implantação de uma via que vai ampliar o acesso ao hospital, duplicação
da Rua 25 de Maio, reestruturação da via interna do hospital, além da
construção de área de lazer com quadra poliesportiva, parque infantil e
equipamentos de ginástica, estacionamento, quiosques e mesas de jogos,
atendendo a solicitação dos moradores do entorno”, pontua o vereador.
Gilmar ressalta ainda que fazem parte
do conjunto das obras, intervenções de paisagismo, implantação de uma base
comunitária de segurança e a sede da associação dos moradores. “Há uma
diferença clara entre as prioridades das gestões e a aplicabilidade dos
recursos públicos”, atesta. Já a presidente do partido em Salvador, Marta
Rodrigues, observa que no domingo, 22, enquanto o prefeito promovia festa,
moradores do loteamento Marisol, cobravam serviços de manutenção como
pavimentação da via, macrodrenagem e iluminação. Nesse sentido, Vânia Galvão
diz que “essa inversão de prioridades do prefeito está longe de ser
investimento turístico, significa, sim, falta de planejamento urbano”.
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